Reunião com Associação de Pais da Escola EB 2,3 de Nogueira



Promoção do diálogo é fundamental para garantir políticas educativas de sucesso


No seguimento de um conjunto de contactos com agentes educativos que têm por objetivo perceber a realidade do sector e os problemas com que se depara, através da auscultação dos seus vários intervenientes, Ricardo Rio reuniu com a Associação de Pais da Escola EB 2,3 de Nogueira. 

Durante o encontro, os representantes da Associação de Pais deram a conhecer as suas reservas e preocupações com o processo de reordenamento/agregação de agrupamentos no concelho de Braga. “Estamos convictos de que estruturas demasiado grandes afastam a escola da comunidade que servem. É necessário bom senso nesta questão, já que a prioridade deve ser sempre a qualidade da escola pública”, afirmou Jorge Mendes, Presidente da associação. 

Para a Associação de Pais, o afastamento territorial entre a direção da escola e os alunos e encarregados de educação pode conduzir ao surgimento de dificuldades a vários níveis. “O aumento da distância vai conduzir, por certo, a um aumento da indisciplina dos alunos e a uma diminuição substancial da importância dos pais enquanto responsáveis pela educação dos seus filhos. Esta é uma medida que necessita de ser repensada e de ter em maior consideração a gestão pedagógica da escola”, acredita Fernanda Carvalho, Presidente da Assembleia da Associação de Pais. 

A aposta numa estrutura de proximidade é, segundo os representantes da associação, a única forma de garantir o sucesso e melhoria dos resultados educativos dos alunos. ”Em espaços grandes e impessoais, é muito mais complicado o desenvolvimento humano dos jovens e a sua inserção harmoniosa na sociedade”, assegurou Jorge Mendes. 
Ricardo Rio assume coerência com posições anteriores 

Ricardo Rio, líder do “Juntos Por Braga”, assumiu partilhar de grande parte das preocupações apresentadas pela Associação de Pais e enfatizou que não pode hoje defender algo contrário ao que foi a sua opinião passada sobre esta matéria. 

“Ao contrário de outros, mantemos exactamente a mesma convicção que tínhamos quando este processo se iniciou na governação do Partido Socialista e do Eng. José Sócrates. Objectivamente, a criação dos mega-agrupamentos permite economizar custos imediatos mas traduz uma solução pior do que o modelo actual na perspectiva da gestão pedagógica das Escolas”, referiu. 

Ainda assim, o líder do “Juntos por Braga” deu conta de que “a implementação prática desta medida deixa questões em aberto”, pelo que o ciclo de contactos que está a efectuar não vai abranger apenas as entidades que serão visadas por esta reforma, mas também aquelas que, “com a cumplicidade da maioria socialista da Câmara Municipal de Braga já concluíram este processo”, tendo em vista “avaliar as reais implicações daí decorrentes em diferentes domínios”. 

Segundo Ricardo Rio, “a educação está a atravessar um período de profundas alterações a vários níveis, pelo que é fundamental a promoção do diálogo no sentido de se encontrar soluções capazes de assegurar o bom funcionamento das escolas”, salientou. 

De acordo com o candidato à Presidência da Câmara, este é um período que obriga a uma maior atenção das entidades públicas locais, nomeadamente Juntas de Freguesia e Câmara Municipal, às questões educativas, em matérias que extravasam a mera realização de investimentos em infra-estruturas. “Cabe às Juntas de Freguesia a função de darem todo o apoio possível às escolas e com elas promoverem uma política de proximidade. Mas a responsabilidade maior cabe ao Executivo Municipal, que não se pode alhear do seu papel de garante de uma articulação correta entre as escolas e a comunidade”, disse Rio. 

O líder do “Juntos Por Braga” enfatizou também que “assim os Bracarenses optem pela mudança, e ao contrário da postura atual do Executivo socialista, rejeitaremos totalmente uma visão autista e centralista da gestão autárquica. Queremos ir ao encontro daquilo que são as aspirações de escolas, pais e alunos, numa convergência de vontades que permita desenvolvermos um trabalho integrado e que produza bons resultados”, salientou. 

A reunião serviu ainda para abordar algumas iniciativas e propostas de Ricardo Rio no domínio dos apoios sociais às famílias na Educação e para os representantes da Associação de Pais expressarem ainda as suas preocupações relativamente à falta de meios humanos nas escolas, o que obriga a associação a garantir pessoas para servir refeições e supervisionar as crianças no ATL. 

“Somos obrigados a assumir alguns encargos nas respostas sociais e responsabilidades que consideramos que estão fora do nosso âmbito de atuação, mas a verdade é que alguém tinha de o fazer. Espero que seja uma situação que possa ser resolvida com brevidade”, concluiu Jorge Mendes. 


Braga, 13 de Fevereiro de 2013


“Juntos Por Braga”

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