Visita à Associação de Paralisia Cerebral de Braga


Respostas sociais para cidadãos com paralisia cerebral são fundamentais


De forma a dar seguimento a um conjunto de iniciativas no terreno que pretendem estabelecer o diálogo e o espírito de cooperação entre os “Juntos Por Braga” e os agentes que atuam no âmbito social, Ricardo Rio visitou a Associação de Paralisia Cerebral de Braga (APCB). 

Esta visita permitiu ao candidato à presidência da Câmara Municipal de Braga perceber melhor o funcionamento desta IPSS e as condicionantes com que tem de lidar. “Foi uma iniciativa extremamente útil no sentido de conhecer o trabalho excecional que esta instituição tem realizado e que tem ajudado várias famílias a ultrapassar as dificuldades inerentes a este problema”, afirmou Rio.

José Luís Alves, Presidente da Associação de Paralisia Cerebral de Braga desde 2004, acompanhou Ricardo Rio durante a visita. O Presidente enfatizou que a APCB tudo faz no sentido de providenciar aos utentes e seus familiares o melhor atendimento possível. “Temos uma equipa extremamente esforçada e empenhada, que está sempre disposta a fazer sacrifícios para ajudar os nossos utentes. É sem dúvida com enorme orgulho que olho para a atividade que aqui desenvolvemos”, garantiu. A APCB atende cerca de 350 utentes por mês e conta com o apoio de 42 funcionários de diversas áreas de atividade.

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Como explicou José Luís Alves, a construção de novas instalações para a IPSS, com a inclusão de um Lar para pessoas com paralisia cerebral, é o principal sonho de todos os membros da associação. 

“O nosso principal objetivo é mesmo a introdução da valência de Lar, o que só será possível com a mudança para novas instalações. Uma das maiores preocupações dos pais que têm filhos com paralisia cerebral tem a ver com o destino destes depois de falecerem. Ouvimos inúmeras vezes os pais perguntar ´se me acontecer alguma coisa, quem irá tomar conta do meu filho?´. Se, como todos desejamos, o sonho do Lar se tornar realidade, essa é uma preocupação que irá deixa de existir, pois os familiares saberão que connosco, os utentes estão bem entregues e terão direito a todos os cuidados de que necessitarem”, destacou. 

Mas as vantagens da construção de novas instalações não se ficam por aqui. “Neste momento, estamos a exercer a nossa atividade num local arrendado e que não dispõe das condições ideais. Queremos uma sede com mais espaço e melhores condições de mobilidade, o que tornará possível alargar o número de utentes que frequentam o centro de atividades ocupacionais”, declarou o José Luís Alves. 

Atualmente, a APCB solicitou o apoio da Segurança Social e está à procura de um terreno onde possa construir as novas instalações. Ricardo Rio assegurou que este é um projeto que tem de ser “acarinhado”, e garantiu mesmo que os “Juntos Por Braga” irão apoiar a solicitação de apoio junto das instâncias competentes. “A existência de um Lar especificamente destinado a servir este tipo de população é uma necessidade urgente não só do concelho mas mesmo a nível regional, já que são escassas as respostas sociais para este problema”. 

Maior sensibilização e apoio são “fundamentais”

Por outro lado, Ricardo Rio realçou que, no que se refere às atividades atuais da instituição, a prática desportiva de apoio à terapia destes jovens é um elemento “extremamente importante”. “Se por um lado verificamos que existe uma parceria muito proveitosa com o regimento de cavalaria no domínio da hipoterapia, por outro lado foi-nos alertado para a lacuna ainda hoje existente em relação à hidroterapia”, alertou Rio, afirmando que esta é uma situação que merecia uma colaboração adicional por parte da Câmara Municipal, já que se trata de uma prática extremamente benéfica e que exige condições especiais que só a autarquia consegue propiciar. 

A finalizar a visita, José Luís deixou um apelo às entidades públicas locais e à sociedade civil: “ A paralisia cerebral é uma patologia que causa enormes dificuldades aos que dela padecem e às suas famílias. É fundamental que exista uma maior sensibilização para a importância do trabalho social que efetuamos, tanto por parte da comunidade que servimos como das instituições responsáveis a nível local. Este é um trabalho complicado e exigente, que merece mais carinho e apoio”. 


Braga, 22 de Fevereiro de 2013
“Juntos Por Braga”

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